sexta-feira, 4 de maio de 2012

EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM FOCO

 A Secretaria Municipal de Educação de Arujá, cumprindo seus objetivos
de acordo com princípios e metas especiais de atendimento, iniciou no ano de
2009 um processo de estruturação da Educação Inclusiva no município que,
além de atender aos princípios legais da LDB e da Educação Especial,
concretiza o compromisso com a Educação Para Todos e abre caminho para o
processo de evolução e revolução de estratégias, metodologias e avaliações,
possibilitando a permanência com sucesso pessoal de alunos com dificuldades
de aprendizagem e portadores de necessidades especiais.
Problematização
• Escola Especial com ensino exclusivo para alunos com dificuldades de
aprendizagem, sem laudo médico.
• Ausência de formação dos educadores e gestores
• Desconhecimento da legislação
• Desconexão de informações, procedimentos e ações na avaliação e
atendimento dos alunos.
• Ausência de psiquiatra e neurologista infantil no município
Principais Ações
• Extinção da Escola Especial
• Inauguração do CREIA – Centro de Referência de Educação Inclusiva
de Arujá (utilização do espaço da Escola Especial para otimização dos
atendimentos no contraturno)
• Encaminhamento dos alunos em regime exclusivo para as turmas
regulares de escolas municipais e estaduais.
• Implementação de Equipes Volantes de apoio multidisciplinar para
avaliação, encaminhamentos e orientações aos educadores e  pais
(especialista em educação especial, psicólogo, psicopedagogo  e
fonoaudiólogo)
• Reorganização dos procedimentos de avaliação, registro e atendimento
do Centro Municipal de Psicologia e Fonoaudiologia.
• Contratação de estagiários de psicologia para dinamizar os recursos
humanos nos projetos realizados nos centros de atendimento e nas
unidades escolares.
• Coordenação Geral de Educação Inclusiva no município, articulando
todos os serviços e projetos de atendimento oferecidos pela Secretaria
de Educação.
• Implementação de 4 salas de recursos multifuncionais em escolas
municipais, em parceria com o MEC.

Retirado do site da Secretaria da Educação de Arujá

Atividade: Bingo de Letras

BINGO DE LETRAS

Objetivo:
Preencher todos os espaços dos nomes das imagens “escrevendo” com as letras
móveis.
Material:
 20 placas com quatro imagens;
 Letras móveis serem recortadas;
 Um alfabeto completo para ser “bingado”.
Procedimento:
1. Procede-se como no bingo de números;
2. Distribuir as cartelas aleatoriamente. Dependendo do número de alunos o
grupo precisará ser dividido em duplas;
3. Cada cartela terá suas letras, em anexo, para serem usadas na escrita
seguindo a ordem do sorteio;
4. Vence a partida o aluno ou a dupla que preencher todos os espaços com a
escrita correta. (O professor também poderá eleger com os alunos outro(s)
critério(s) para esta fase).

Dicas:
1. Plastifique o material para garantir durabilidade;
2. Estabeleça um contrato com o grupo sobre cuidados com material e regras de
condutas adequadas ao bom desenvolvimento do trabalho;
3. Guarde as cartelas montadas para se certificar que estão completas;
4. Variações são possíveis!

Legislação referente à Educação Inclusiva

Legislação referente à Educação Inclusiva  Federal
Constituição Federal de 1988 - Título VI - "Da Ordem Social" - Art. 208 e Art. 227.
Lei nº 7.853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências, sua integração social e
pleno exercício de direitos sociais e individuais.
Parecer CNE/CEB nº 16/99 - Educação profissional de alunos com necessidades educacionais
especiais.
Resolução CNE/CEB nº 4/99 - Educação profissional de alunos com necessidades educacionais
especiais.
LDB nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) - Capítulo V - Educação
Especial - Art. 58, Art. 59 e Art. 60.
Portaria MEC nº 1.679/99 - requisitos de acessibilidade a cursos, instrução de processos de
autorização de cursos e credenciamento de instituições voltadas à Educação Especial.
Lei nº 10.098/00 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção de
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras
providências.
Resolução CNE/CEB nº 2/2001 - Institui Diretrizes e Normas para a Educação Especial na
Educação Básica.
Parecer CNE/CEB nº 17/2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica.
Lei nº 10.172/2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras Providências (o
PNE estabelece 27 objetivos e metas para a educação de pessoas com necessidades
educacionais especiais).
Lei Federal nº 10.430/2002 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.
Estadual (São Paulo)
Indicação CEE nº 12/1999 CEF/CEM - Políticas de Educação Especial.
Deliberação CEE Nº 5/2000 - Normas para os Alunos com Necessidades Especiais na Educação
Básica 
Documentos Internacionais
Declaração de Cuenca - UNESCO - Equador, 1981.
Declaração de Sunderberg - Torremolinos, Espanha, 1981.
Resoluções da XXIII Conferência Sanitária Panamericana OPS/Organização Mundial de Saúde
- Washington, DC, USA - 1990.
Seminário Unesco - Caracas - Venezuela - 1992 - Informe Final.
Declaração de Santiago - Chile - 1993.
Assembléia Geral das Nações Unidas - New York, USA - 1993 - Normas Uniformes sobre a
Igualdade de Oportunidade para Pessoas com Incapacidades.
Declaração Mundial de Educação para Todos - UNICEF - Jon Tien, Tailândia - 1990.
Declaração de Salamanca - Salamanca, Espanha - Princípios, Políticas e Prática em Educação
Especial - 1994 - criação e manutenção de sistemas educacionais inclusivos. 

Retirado do site da Secretaria da Educação de Arujá

terça-feira, 1 de maio de 2012

Artesanato

Ponteiras


BICHINHOS EM EVA






QUADRINHOS DE PALITO DE SORVETE





Autismo


AUTISMO

O que é?

Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.

O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.

Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.

Causas:

A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).

Sintomas e diagnóstico:

Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela frequentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.

Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.

A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q.I.

Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e frequentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade.

Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições.

Prognóstico e tratamento:

Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.

Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.

Crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto, frequentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.

Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.

A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados.

Lista de Checagem do Autismo:

A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.

Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
Risos e sorrisos inapropriados,
Não temer os perigos,
Pouco contato visual,
Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
Brinquedos muitas vezes interrompidos,
Aparente insensibilidade à dor,
Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
Preferência por estar só; conduta reservada,
Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
Faz girar os objetos,
Hiper ou hipo atividade física,
Aparenta angústia sem razão aparente,
Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
Apego inapropriado a objetos,
Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras.
Retirado do blog http://sandra-barreto.blogspot.com/

Tecnologias e suas descobertas


Caro leitor, a matéria abaixo foi extraída da Revista Galileu.
Mais reconhecido cientista brasileiro fala sobre os avanços e desafios de seu robô movido a impulsos cerebrais.
Foram sete horários remarcados até conseguirmos conversar sem interrupções com o cientista mais reconhecido do Brasil, numa noite de quinta-feira, às 20h30. Estava em rápida passagem por São Paulo dando palestras. Nos dias anteriores, em Brasília. Depois, nos Estados Unidos, e no Instituto de Neurociências em Natal.
Miguel Nicolelis“É difícil parar quieto”, comentou uma de suas assessoras. Viagens, encontros com políticos, empresários, médicos e pesquisadores de várias partes do mundo estão atrelados ao grande objetivo de sua vida: o projeto Walk Again. Nicolelis está criando uma rede de colaboradores com mais de 100 especialistas para construir um exoesqueleto robótico comandado diretamente pelo cérebro que poderá fazer com que pessoas paralisadas voltem a andar. Se conseguir, pode ser o primeiro passo da ciência rumo a um futuro comandado por ondas cerebrais. Na entrevista abaixo, ele conta o que já está sendo feito e quais são as perspectivas de que um protótipo seja lançado até a Copa de 2014.
Qual é o atual estágio das próteses que usam interfaces entre homem e máquina?
Surpreendentemente, já temos muita coisa. A gente pensa que isso é uma área do futuro, mas existem muitas tecnologias sofisticadas já usadas hoje por dezenas de milhares de pacientes. O de cóclea, por exemplo, fez muita gente no mundo inteiro pudessem adquirir um grau de audição que os permitem funcionar na sociedade. Há ainda outros, como a estimulação profunda do cérebro [que envia impulsos elétricos aos neurônios contra o mal de Parkinson], em que os pacientes estão respondendo bem. A tendência é que isso só aumente.

Quero fazer um tetraplégico dar o pontapé inicial da copa de 2014, diz cientista brasileiro

Menino tetraplégico pode dar chute para abrir a copa
Algumas das próteses de última geração usam impulsos nervosos dos músculos. Você pesquisa isso com implantes cerebrais.
São dois caminhos que competem pela solução. Quando você vai no nervo periférico, o sinal e o controle já foi dividido entre os membros. Nem sempre isso permite uma prótese funcional. Há casos de pacientes amputados nos quais às vezes você não consegue recuperar alguns dos nervos, que são destruídos durante o processo e amputação traumática. Por isso desde o começo, há 12 anos nessa área, eu e outros colegas propusemos que você teria de fazer isso a nível central, porque lá no cérebro, no córtex, os sinais ainda estão lá, não foram divididos. O acesso que você tem a esses sinais lá é mais fácil do que ir atrás dos nervos.
Não é perigoso colocar um chip dentro do cérebro?
A cirurgia de implante é até que trivial porque precisa ir apenas alguns milímetros dentro do córtex, a camada mais superficial do cérebro. A questão toda é a biocompatibilidade desses eletrodos, se eles irão sobreviver durante vários anos. Experimentos em macacos mostram que a gente pode, sim, implantar e registrar esses sinais com algumas centenas de células já começar a reproduzir comportamentos motores bem importantes. A nossa ideia é que com alguns milhares de células registradas — isso depende de uma tecnologia que vai chegar agora nos próximos anos — a gente vai ter a capacidade de reproduzir movimentos corpóreos fundamentais. A precisão que se obteve com os membros até agora é uma precisão muito pequena, e é um trabalho muito grande para o paciente utilizar essas interfaces periféricas, mas é possível que no futuro você tenha modelos híbridos, que tiram vantagem, dependendo do tipo de lesão, das duas possibilidades. O problema também dos nervos periféricos é que em lesões medulares altas não sobra nenhum sinal trafegando pelos nervos, então fica complicado.
Como decodificar os sinais de vários neurônios ao mesmo tempo?
O cérebro em si, tem estimados 100 bilhões de neurônios. A primeira grande surpresa desses trabalhos todos foi que você podia obter alguns resultados interessantes com algumas centenas deles. A questão de aumentar o número de neurônios é basicamente uma questão de engenharia. Não é mais uma questão científica, é uma questão tecnológica, que está começando a ser desenvolvida com a criação de eletrodos de alta densidade, como os que a gente desenhou no nosso laboratório. Mas isso não é o maior obstáculo, eventualmente vão ser solucionadas as questões tecnológicas, porque existe uma demanda muito grande para a solução delas.
Qual é o maior obstáculo?
A questão fundamental é como ler esses sinais e o que fazer deles. Você precisa ter um mínimo de entendimento sobre o sistema para conseguir reproduzir ele. Isso que é o grande fator limitante. Além do que, você tem outro problema de engenharia muito grande, muito complicado, que é criar um corpo robótico novo. Porque esse corpo tem que dar sustentação ao corpo que não consegue se sustentar, tem que proteger o corpo, tem que permitir no corpo que os comportamentos motores sejam realizados sem nenhum risco para os pacientes. E estamos realmente só no começo. A primeira versão desse exoesqueleto não vai resolver completamente essas questões, vai oferecer soluções iniciais. Mesmo assim, acho que o avanço vai ser muito importante. Porque, para começar, isso vai estimular as pessoas a imaginar que isso é possível.
Em que estágio está a pesquisa do Walk Again?
Tem várias coisas que vão ser divulgadas brevemente, descobertas que vão ser publicadas nos próximos meses que vão ser surpreendentes. Eu não posso falar delas agora porque esse trabalho ainda está sendo revisado, mas posso garantir que quando os dados novos que nós temos forem publicados, vai ser uma surpresa grande mesmo para as pessoas que trabalham na área. Ao mesmo tempo, em paralelo, há um trabalho de engenharia muito desafiador que está sendo feito por parceiros nossos no mundo inteiro. A intensidade desse trabalho deve aumentar a partir do começo de 2012. Vamos ter que dedicar um esforço muito grande na confecção e na ligação desse exoesqueleto.
E os testes?
Só vamos realizar as demonstrações que nós temos planejados, caso ela tenha sido demonstrado categoricamente que seja seguro e que tenha um benefício muito grande para os pacientes. Isso tudo é um processo que seria, se a gente parasse para pensar num planejamento acadêmico, um projeto para 10 anos. Mas eu acho importante que a gente acelere. Isso porque o benefício que ele pode gerar é tão grande que é importante que a gente demonstre a viabilidade dele.
Nessas novas descobertas a serem publicadas já há testes com humanos?
Tudo corre em paralelo. Os resultados que eu to falando envolvem trabalhos que já foram feitos em pacientes tanto no Brasil quanto dos Estados Unidos que são relatados agora, são trabalhos de registro intra-operatórios. Nós construímos uma causuística muito grande com quase 40 pacientes ao longo dos anos que nós estudamos em neurocirurgias. Um número pequeno no Brasil, 12, um número maior, 28, nos Estados Unidos. Mas a experimentação animal não para. Mesmo porque as primeiras demonstrações com o exoesqueleto vão ser testadas em animais.
Quantos pesquisadores estão envolvidos no Walk Again?
Nós temos pesquisadores em 3 continentes. Há gente na Alemanha, na Suíça, nos Estados Unidos e aqui no Brasil. Temos mais de 100 cientistas de diferentes áreas: robótica, ciências da computação, neurociência, cirurgia… Nós estamos constituindo 2 novos institutos multidisciplinares em Natal que também devem ser anunciados brevemente pra dar conta da demanda de trabalho que nós vamos ter. Estamos também trazendo vários pesquisadores do exterior para trabalhar conosco, arregimentando talentos no Brasil em várias áreas e a ideia é nos próximos meses seguir um cronograma de realizar experimentações em animais que são vitais e começar a fazer estudos clínicos. É um projeto que eu costumo chamar de Brazilian Moonshot, o “tiro a Lua brasileiro”, porque em complexidade ele é comparável a levar alguém para outro planeta.
Dá mesmo pra conseguir até 2014?
Nós estamos com um prazo muito exíguo, né? Evidentemente, a metáfora que eu uso da Copa do Mundo, se a gente precisar fazer isso na Olimpíada, dois anos depois, não tem problema. O importante é atingir a meta. Eu quero muito poder chegar na Copa do Mundo e fazer uma demonstração e vamos colocar todo o empenho para isso. Mas isso não vai estar acima dos critérios científicos, de segurança, critérios clínicos para a coisa seja bem feita. Não vai ser a coisa final, porque vai evoluir muito depois disso, mas acho que dá para demonstrar claramente o potencial científico de se fazer um projeto desse tamanho no Brasil.
Os novos centros de Natal são para quê?
Vão ser centros multidisciplinares em áreas complementares à neurociência, mas muito mais voltadas a tecnologia de ponta. E o que a gente chama de estudos avançados. A primeira missão, com o instituto de neurociências em Natal vai ser voltada à área de tecnologia assistida. Mas a ideia é que esses centros desenvolvam sua própria identidade?
Como está essa divisão de responsabilidades do projeto?
A parte robótica está sendo feita pela equipe do professor Gordon Sheng, da Universidade Técnica de Munique. A parte de ciências da computação, avatares e ambientes virtuais ta sendo feita na Escola Politécnica federal de Lausanne, na Suíça. A parte de experimentos animais e de neurotecnologia está sendo feita no meu laboratório na Duke Univesity e vamos trazer partes desses experimentos neurotécnológicos para os campus do cérebro do instituto de neurocências de Natal.
Isso vai trazer mais projeção para o instituto.
A nossa ideia é que o Walk Again seja uma grande âncora do projeto da cidade do cérebro lá de Macaíba, não só em relação à pesquisa básica, mas também para alavancar um parque neurotecnológico que eu gostaria de construir.
Quais são os benefícios locais do projeto?
É muito parecido com o que aconteceu quando o ITA foi criado em relação a aeronáutica.Hoje temos a Embraer e outras empresas por conta disso. São José dos Campos é um grande exemplo do que esse tipo de ideia pode gerar. São produtos que vão contribuir para uma nova formação de uma academia, de uma nova sociedade e formação em termos de recursos humanos.
E para o Brasil?
O projeto Walk Again não é só voltar a andar, criar uma tecnologia assistida. Ele vai ser cercado de outros desenvolvimentos tecnológicos. Nós temos a chance de introduzir aqui no Brasil, por exemplo, uma nova terapia para a doença de Parkinson que ta se mostrando eficaz em estudos preliminares em macacos e seres humanos. Além disso, queria fazer do projeto Walk Again, um grande projeto educacional e científico, para estimular que as crianças da rede pública e privada se sintam co-proprietárias desse projeto. A gente quer que as crianças possam se ligar ao projeto, participar de decisões de assuntos científicos. Isso seria muito imp0ortante para a juventude brasileira em termos de autoestima.
Como o governo vai participar disso?
Tem parcerias, mas eu ainda não posso anunciar, que são anúncios oficias. Estamos em converasas constantes com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o da Educação e o Ministério da Saúde. As conversas estão bem adiantadas. Estou muito otimista quanto a isso. Mesmo porque, se a gente demorar muito, não vai dar tempo.

Diferenças

Diferenças
Unidos para sempre